Jardim e Paisagismo

Mosteiro dos Jerónimos: Sua Bela Arquitetura e Imponente Patrimônio Mundial

Com o reconhecimento do Estatuto de Panteão Nacional desde 2016 e eleito uma das sete maravilhas de Portugal, o Mosteiro dos Jerónimos ou Mosteiro de Santa Maria de Belém, é um mosteiro de arquitetura manuelina, construído no século XVI e da Ordem de São Jerônimo. Sua imponência com riqueza de detalhes traz turistas e admiradores do mundo inteiro que se impressionam e se encantam com tamanha beleza.

O Mosteiro dos Jerónimos também é classificado como Monumento Nacional desde 1907 e é Patrimônio Mundial pela UNESCO desde o ano de 1983. Beleza e tão merecidos títulos, sem dúvida, elevam ainda mais o número de visitantes, a cada ano.

Conta a história que onde está localizado o Mosteiro, existia na época uma pequena aldeia, chamada Aldeia de Restelo, que depois veio abrigar o Porto de Restelo, que cresceu devido ao comércio marítimo e a produção naval que o local tinha. O Mosteiro dos Jerónimos fica às margens do Rio Tejo, daí a importância estratégica e logística devido a proteção das vias marítimas para os navegantes. A sua construção deu-se início em 1502 durante o reinado de D. Manuel I, para receber a comunidade de frades da ordem de São Jerónimo, com o objetivo de ser consagrado a Santa Maria de Belém.

Segundo ainda esses relatos históricos, a ideia de D. Manuel I era construir o Mosteiro na antiga praia do Restelo – um dos mais antigos ancoradouros de que se tem notícia histórica, datada de 1295. Para isso entregou a obra para o arquiteto Diogo Boitaca – referência na época e responsável pelos primeiros traços do Mosteiro dos Jerônimos. Seguidor do estilo manuelino, Diogo Boitaca intensificou a decoração do Mosteiro com esferas armilares, símbolos de cariz realista, como cordas, cabos, troncos e raízes. Seu belíssimo trabalho lhe rendeu o título de “Mestre das Obras do Reino”.

Na época, a população castigada e vulnerável devido as doenças causadas pelo não acompanhamento de infraestrutura necessária par ao crescimento local, teve de Dom Infante Henrique, em 1452, serviços de canalização de água, chafariz, ponte, moradias construídas e a Ermida de Santa Maria de Belém – igreja doada por D. Henrique aos frades da Ordem de Cristo. Este lugar, de tamanha importância, serviu posteriormente para a partida de Vasco da Gama para a Índia em 1497 e de Pedro Álvares Cabral para o Brasil em 1500.

E foi também nessa grande igreja, que navegadores de suma importância histórica como Vasco da Gama e Pedro Álvares Cabral, faziam suas vigílias antes da partida para as grandes viagens marítimas. Tanto que em 1496, antes da descoberta do caminho das Índias por Vasco da Gama, Dom Manuel I fez um pedido à Santa Sé para que fosse erguido o grandioso Mosteiro no lugar a antiga Ermida da Ordem de Cristo.

Além de Diogo de Boitaca, devido à demora da obra, outros mestres assinaram a construção como João de Castilho, Diogo de Torralva e Jerônimo de Ruão. E obedecendo e seguindo o estilo manuelino, pode-se dizer também que o Mosteiro dos Jerônimos ou Mosteiro de Santa Maria de Belém integra elementos do gótico e Renascimento, associado a uma simbologia régia e naturalista.

Sua ocupação deu-se através dos Monges de Ordem de São Jerônimo – comunidade religiosa que somente foi extinta no século XIX, mais precisamente em 1834. Posterior a isso, o mosteiro foi devidamente entregue a um instituto que acolhia, educava e auxiliava mendigos, órfãos e desfavorecidos, chamada Real Casa Pia de Lisboa – instituição remonta à fundação da época. A Igreja neste período passou a servir de Igreja Paroquial da Freguesia de Santa Maria de Belém.

Em seu design o Mosteiro dos Jerónimos  apresenta uma planta em cruz latina, três naves, uma imensa abóbada. Na capela, entre outros, encontram-se sepultados, Cardeal Rei Dom Henrique, Dom Sebastião, além de acolher os túmulos de Camões e Vasco da Gama.
No terremoto que assolou Lisboa em 1755, o Mosteiro dos Jerónimos, por ter sido construído provavelmente em solo arenoso, não sofreu muito.

Poucas instalações foram prejudicadas e as dependências mais importantes escaparam ilesas. As partes que foram abaladas, foram remodeladas e atualmente o Mosteiro dos Jerónimos abriga o Museu Nacional de Arqueologia e o Museu da Marinha.

quintadellarte

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